quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Creatina - Análise Profunda

A creatina é um composto de aminoácidos presente nas fibras musculares e no cérebro.

A creatina é uma substância natural que pode ser encontrada na carne e no peixe, mas que pode também ser produzida pelo fígado, pâncreas e rins a partir dos aminoácidos arginina, glicina e metionina. Cerca de 98% da quantidade total de creatina que temos no nosso corpo está contida nos músculos com fibras do tipo II (fibras que geram grandes quantidades de força), possuindo grandes níveis de creatina e de utilização da mesma. Curiosamente, as fibras do tipo II parecem regenerar o FC a velocidades inferiores quando comparadas com as do tipo I (fibras com tendência esforços demorados ("endurance").


A Creatina é um aminoácido de ocorrência natural, produzido no nosso organismo, que se encontra essencialmente nos músculos. A maioria da Creatina que se encontra nos músculos é armazenada sob a forma de fosfocreatina (66%), enquanto a restante é armazenada como creatina livre (33%). O nosso organismo utiliza diariamente 1 a 2% do total da Creatina armazenada. A sua reposição é realizada a partir da alimentação ou a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. Muitos estudos demonstraram que uma suplementação com monohidrato de creatina, pode aumentar a creatina muscular, entre 10 a 40%, dependendo de vários factores, nomeadamente da forma física do atleta. Aumentando a disponibilidade da fosfocreatina no músculo, aumentamos a disponibilidade de energia durante os exercícios de grande intensidade, como o sprint e/ou séries de exercícios intensos.

A suplementação por ciclos curtos, parece funcionar melhor nos exercícios de resistência, tais como, levantamento de pesos e sprints consecutivos, enquanto que a suplementação durante ciclos mais longos, parece aumentar a qualidade do treino, conduzindo a ganhos, entre 5 a 15%, na performance geral e na força.

A Creatina monohidrato é absorvida intacta, através dos intestinos, passando para o sangue. Posteriormente, é absorvida pelos músculos ou é eliminada pela urina. Isto significa que a creatina não é degradada no estômago e a absorção intestinal não é um factor limitante para a retenção muscular. Cerca de 95% da creatina corporal está armazenada nos músculos, com concentrações mais elevadas nas fibras de contracção rápida. As reservas totais de creatina são de aproximadamente 120 g no homem adulto. A entrada da creatina a nível muscular está dependente do sódio, sendo mediada pela insulina, por isso é altamente recomendado que os atletas tomem creatina com uma bebida rica em hidratos de carbono ou com uma bebida com hidratos de carbono e proteína. Quando tomada com hidratos de carbono, as reservas de creatina podem aumentar em 60%.


A Creatina tem sido considerada fundamental para o metabolismo energético. Durante exercícios de elevada intensidade, o fosfato de creatina é clivado para fornecer energia para a ressíntese de ATP. A energia derivada da degradação de creatina fosfato permite que o ATP seja reciclado mais 12 vezes durante um esforço máximo.

A falta de Creatina também tem sido associada a patologias como, insuficiências cardíacas, isquemia, prevalência aumentada de arritmias ventriculares, entre outras. Existem também evidências de que a Creatina pode ter um papel importante na função cerebral, bem como no controle neuromuscular.

A Creatina promove a recuperação entre duas sessões de treino intenso. A suplementação com Creatina pode infuenciar a massa e a composição corporais de várias formas, no que diz respeito ao aumento da massa livre de gordura ou massa muscular.

Poucas pesquisas relatam os efeitos colaterais da suplementação com Cr, e entre as possíveis conseqüências estão o ganho de peso, a influência na produção de insulina, a inibição da síntese de Cr endógena, e danos em longo prazo na função renal (BENZI, 2001) e hepática, como por exemplo hepatite por intoxicação medicamentosa (BUCK, 2003, apud Dias et al.). Pouco se sabe sobre os efeitos da suplementação em longo prazo, o que torna desaconselhável a utilização desta substância por um longo período.

A Creatina não está necessariamente proibida, ela simplesmente não está licenciada. O que ocorre de fato, isto pode ser observado no site da ANVISA, é o seu não enquadramento nos compostos alimentares, funcionais, ou medicamentos indexados pela agência.














quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tribulus Terrestris

Tribulus Terrestris (videira da punctura) é uma erva que, na Europa, foi utilizada como estimulante sexual para aumentar o impulso e o desempenho e para tratamento da impotência durante vários séculos.



O Instituto Químico-Farmacêutico em Sofia, na Bulgária, conduziu estudos clínicos com a Tribulus Terrestris, e concluíram um aumento nas funções reprodutoras, incluindo na produção de esperma e testosterona em homens. Nas mulheres houve um aumento da concentração de hormônios, incluindo o estradiol, com alteração ligeira da testosterona e melhoria da função reprodutora, libido e ovulação.


Na Grécia Antiga, era comum o uso dos frutos secos da Tribulus terrestris como um laxante suave e um tônico geral. Na China, era muito utilizada para tratar problemas do fígado e como remédio cardiovascular, além de eliminar dores de cabeça e exaustão nervosa. O uso como afrodisíaco era muito comum na Índia.


Mas, na verdade, o uso mais disseminado da Tribulus Terrestris é no tratamento de problemas sexuais. O uso popular relata sucesso no tratamento de infertilidade nas mulheres, impotência ou disfunção erétil nos homens e aumento da libido em ambos os sexos. Os resultados dispararam a realização de vários estudos científicos por todo o mundo, inclusive no Brasil, com resultados bem promissores.


Os pesquisadores já descobriram que a Tribulus Terrestris pode elevar significativamente os níveis dos hormônios LH e da testosterona, cujos efeitos foram confirmados com o aumento na freqüência e força na ereção, além de aumento do vigor na atividade sexual. Outros efeitos positivos foram relacionados, como a diminuição nas taxas de colesterol, melhora no humor e na auto-estima.


As partes da planta utilizadas como medicamento são as folhas e as raízes.


No Brasil, um dos estudos com a Tribulus Terrestris foi realizado pelo ginecologista Décio Luiz Alves, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O pesquisador resolveu testar a planta após avaliar um estudo sobre a eficácia da planta que envolveu 45 homens - saudáveis e diabéticos, realizado na Indonésia, em 1998. O uso da medicação proporcionou uma melhora significativa (de até 65%) no desempenho sexual dos participantes.

Resumindo este artigo, o uso da Tribulus Terrestris em praticantes de musculação pode ajudar no desempenho dos treinos, uma vez que o uso da planta aumenta a produção NATURAL de LH (hormônio luteinizante) que é o responsável pela produção de testosterona no corpo. Isso acarretará em um significativo ganho de força e massa muscular magra, juntamente com a perda de gordura corporal e o aumento da libido e desempenho sexual.